segunda-feira, 17 de maio de 2010

Experiência de Trainee - Maria W. - Polônia

A polonesa Maria enviou mais um relato sobre a sua experiência em Santa Maria. Ela já iniciou o trabalho com o Geração e parece estar se saindo muito bem.

"Apenas uma semana atrás, deixei a Polônia e depois de uma super viagem ao longo de 4 dias para chegar a Santa Maria. Eu acho que ainda estou me ajustando à realidade da América Latina. Apesar de ter viajado para outros continentes (América do Norte, Norte da África, Ásia) para dizer a verdade antes nunca experimentei choque cultural, aqui é a primeira vez. São coisas que eu sabia que ia ver, mas viver é outra coisa. O que é mais chocante é que há muitas pessoas pobres e poucas pessoas ricas. A noite quando eu estava em Salvador, um homem (que não tinha aparência de ser drogado) começou a bater com a cabeça na janela de um carro para roubar a bolsa que estava dentro - um monte de frustrações deve estar por trás de tanto desespero. Além disso, em Salvador me disseram que depois das 17h sempre sair de carro - até mesmo a loja local para comprar pão ... Vindo de uma cidade onde eu posso andar sozinha a cada hora em cada bairro, acho que é muito triste, é uma séria limitação da liberdade. Por outro lado, eu me apaixonei com a cultura do candomblé, samba de roda, moluscos, as ruas de muitas cores, no centro histórico, os cafés com vista para o oceano. Bom, eu devo admitir que as pessoas da Bahia são incrivelmente bonitas, muito orgulhosas de suas raízes Africanas. Com algumas meninas que eu conheci lá passei horas falando sobre questões existenciais, a política, mundo, etc e eu realmente acredito que é incrível conversar com partes discordantes e sobre visão do mundo com alguém que cresceu em uma cultura totalmente diferente da minha.

Em Santa Maria eu me sinto muito segura. Meu anfitrião e sua família são extremamente gentis e trabalham duro para que eu me senta bem. Jantei churrasco no fim de semana que ele preparou uma casa, onde ele convidou todos os amigos formandos. Participei de uma reunião de bipolares na minha ONG, infelizmente foi o meu segundo dia em Santa Maria e não entendia tanto quanto eu gostaria, mas estou feliz por ter escolhido esta instituição - Estou aprendendo muito. Quando eu vi as cartas das pessoas que sofreram com esta doença, fiquei surpresa, há muitas pessoas, 1-5% da população é bipolar e muitas são muito jovens, 15, 18anos. A única coisa que me preocupa é que até agora meu trabalho lá é muito, muito calmo - Espero ser mais útil na próxima semana. Eu acho que é o mais difícil para mim aqui em Santa Maria, é que tudo vai muito mais rápido do que na Europa. Minha tentativa de abrir uma conta aqui foi um horror. Mas estou muito animado para ver como será na próxima semana:) Eu aproveitar o tempo que tenho aqui no Brasil, ao máximo, por isso, se alguém quiser beber, comer um jantar ou festa onde, estou muito animado acompanhar!

um grande abraço,
Polonês Maria:)"

O choque cultural é normal já que a Europa e a América Latina são extremamente diferentes; mas tudo isso faz parte de um aprendizado muito enriquecedor. Que bom que a Maria gostou do churrasco agora só falta experimentar o chimarrão!

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